Participar do programa Voluntários Sem Fronteiras não é só viver uma experiência transcultural, mais do que isso, é um aprendizado para a vida. Sou estagiária da gerência de Comunicação e Marketing, na sede de Missões Mundiais, no Rio de Janeiro/RJ. Fui convidada por uma colega de trabalho, a Milene Ribeiro, auxiliar da Gerência de Missões, a fazer uma viagem missionária ao Uruguai.

Meu coração já estava muito desejoso em participar de uma experiência transcultural em 2019. Mas eu não sabia como nem para onde. Foi aí que a Milene chegou com esse convite maravilhoso. Aconteceu tudo muito rápido, fui convidada em novembro de 2018 e a viagem aconteceu três meses depois.  Conversei com meus pais e com o meu pastor, que logo concordaram. Mesmo sem dinheiro, com meu pai desempregado, meu coração ficou em paz. Vendi picolé, doces... Meus familiares e amigos contribuíram e isso me ajudou muito.

No dia 5 de fevereiro, eu e Milene embarcamos para o Uruguai. Fomos pra cidade de Minas, para a Iglesia Bautista de Minas, uma pequena igreja liderada pela família do Pr. Andrés, a Esther e a pequena Zoe Durán. Ela tem cerca de 20 membros, mas muito trabalho. Desde que chegou para assumir a igreja, há seis anos, essa família preza pelos relacionamentos, pois é a principal forma de evangelização no Uruguai.

Deram início ao Dorcas, que é um curso de artesanato para as mulheres da região. Lá as moças aprendem a fazer trabalhos manuais, recicláveis e aprendem sobre valores como amor, respeito, educação, entre outros. De igual modo, essa igreja atuava também em um orfanato do estado, não só para as crianças, mas para os professores também. As atividades consistiam em motivar as crianças a escrita, a fala e o desenvolvimento cognitivo. Para as professoras um cuidado especial de beleza e amizade para valorizá-las e motivá-las no seu trabalho. Atualmente as atividades no orfanato estão paralisadas, por conta da mudança na diretoria. Ore para que essa igreja volte a levar a verdadeira alegria naquele lugar.

Fiquei encantada com o empenho, a motivação e a dedicação dessa igreja, que é tão pequena, mas que gera grande impacto em sua comunidade, fazendo a diferença. Além do cuidado externo, os membros da igreja são discipulados toda semana, ensinados cada vez mais sobre a Palavra de Deus para que tenham uma boa base bíblica e um alimento sólido para suas vidas.

Foram poucos dias que passei ali, voltei ao Brasil no dia 16 de fevereiro. Mas foram os melhores poucos dias do meu ano até agora. Eu entendi sobre o cuidado de Deus comigo e com o próximo, entendi sobre missões, sobre líderes, igrejas e sobre meu papel como cristã no meu país. Foi uma experiência incrível e muito válida.

Faça o seu coração se alegrar, faça parte do Voluntários Sem Fronteiras.  

Ana Jhuly Stellet