Para manter a campanha Transforme o Mundo com a Alegria de Jesus nas igrejas durante a pandemia do novo coronavírus, Missões Mundiais reviu suas ações nos campos e também em sua sede. Saiba mais aqui. Os missionários e colaboradores estão em constante readaptação e o aumento do dólar trouxe ainda mais peso à situação. Medidas de segurança foram adotadas rapidamente e a campanha passou a ter conteúdos exclusivamente digitais, mantendo vivo no coração dos batistas brasileiros o amor por missões e o compromisso com a oferta do Dia Especial, que é a oferta levantada pelas igrejas para a campanha.

Durante vídeos publicados no YouTube, Instagram e Facebook de Missões Mundiais, o diretor executivo, Pr. João Marcos Barreto Soares, respondeu algumas perguntas que têm chegado de adotantes do PAM – Programa de Adoção Missionária – e demais membros de igrejas da Convenção Batista Brasileira. 

 

Quais mudanças foram necessárias nos campos missionários?

A grande alteração é a impossibilidade que todos enfrentamos de termos reuniões presenciais. Mas os trabalhos não pararam. Nossos missionários estão trabalhando com as ferramentas digitais disponíveis. Esta foi outra grande alteração. O trabalho migrou para a área digital. Mas é importante lembrar que isso só foi possível porque anteriormente havia uma base de relacionamentos pessoais.

Quais ações foram tomadas para a segurança da saúde dos missionários?

Temos missionários em 85 países e em todos eles há casos de coronavírus. Nos mais afetados atualmente temos diversos missionários. Todos estão bem, graças a Deus. Seguiram o protocolo e estão em segurança. Aliás, estamos experimentando um milagre: até agora nenhum dos 2.011 missionários da JMM foi acometido pela Covid-19, tampouco seus familiares. Além disso, toda a liderança de Missões Mundiais e seus colaboradores estão sem sinais da doença. Sabemos que podemos ser infectados a qualquer tempo, mas temos que louvar porque até agora nenhum de nós foi.

Desde o surgimento do que era identificado como “pneumonia chinesa” entramos em sobreaviso. Missões Mundiais fez uma importante mudança em sua ação no ano de 2014, quando tornou obrigatório que o coordenador more na sua região de trabalho.

Nosso coordenador da região do Sudeste da Ásia logo teve condições de identificar o problema e aplicar o protocolo de segurança que foi desenvolvido ao longo dos anos na JMM. Como a crise mostrava ser bem especifica, um protocolo especialmente para a situação foi criado. Inicialmente foi aplicado apenas aos países desta região, mas a partir dos primeiros casos notificados na Europa, estendemos para todo o mundo.

Diante da alta do dólar, como manter as ações missionária?

Com a não realização dos cultos nas igrejas por causa do confinamento, o que deve ser elogiado, e a dificuldade das pessoas em realizar operações bancárias, nossa receita caiu. Somado ao fato de que o dólar subiu mais de 30% desde o final do ano passado, temos o que é chamado de “a tempestade perfeita”. Mas sabemos a quem servimos e que Ele é poderoso para acalmar o mar e dissipar a tempestade. Enquanto isso não acontece, continuamos trabalhando como sempre fizemos. Realizamos cortes no sustento da liderança da JMM, começando pelo meu. Iremos conseguir honrar todos os nossos compromissos, mas é importante dar o exemplo.

Quais as expectativas para os próximos meses?

Estamos na expectativa do que acontecerá em diversos países. Temos visto muitas pessoas se interessarem por Jesus. Como disse C. S. Lewis “O sofrimento é o megafone de Deus para falar a um mundo ensurdecido”. Principalmente na Europa, as pessoas estão se voltando para Deus. Um dos nossos missionários, Pr. Fabiano Nicodemo, faz um trabalho muito bom no YouTube e sua audiência cresceu muito nesse período. Italianos de todo o mundo estão assistindo seus programas. Creio que teremos uma grande colheita nos próximos meses.

Qual a mensagem que o senhor deixa às igrejas brasileiras?

Eu peço aos pastores que não parem a campanha missionária e que orem por nós. Essa é a hora de mostrarmos nossa fidelidade e que nossa prioridade é, de fato, cumprir a Grande Comissão.

Fiquei muito feliz com algumas notícias que recebi. Recentemente, um pastor que não conheço pessoalmente me ligou para dizer que a igreja já superou o alvo apesar de ter ficado três semanas sem realizar os cultos presenciais.

Fiquei especialmente tocado com a criatividade de duas iniciativas similares. Uma frente missionária no Rio Grande do Sul criou um Disk Pizza para levantar recursos para a campanha de Missões Mundiais. Já a PIB de Paranaguá criou a Cantina Missionária Delivery e está fazendo entregas dos pedidos.

Essas iniciativas mostram como podemos ser criativos e continuar a fazer a campanha.

 

A obra missionária nunca para. Ela apenas se adapta ao cenário mundial, seguindo a direção Daquele que nos chamou para ser luz. Missões Mundiais completa este ano 113 anos graças ao sustento de cada pessoa que passou e permanece em sua história. Somos uma instituição que é a soma do DNA de cada batista brasileiro. Mais do que nunca precisamos fazer mais por missões.

 

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colaboração Jamile Barros (com supervisão de Marcia Pinheiro)