“Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, é luz para os meus caminhos”. 

William Wilberforce (1759-1833) entrou para a História como a voz que se opôs firmemente à escravidão, que acabou extinta. Sempre que deixava o Congresso, ao final do expediente diário, o parlamentar britânico voltava para a casa à pé, recitando o Salmo 119. Wilberforce sabia de cor às 22 estrofes do magnífico salmo. 

Os 176 versículos do majestoso poema eram músicas aos seus ouvidos. O político inglês não foi o único. Antes dele, o matemático francês Blaise Pascal (1623-1662), que considerava o versículo 59 como o marco da transformação na vida de uma pessoa, também o tinha na memória. Depois dele, entre outros, o médico missionário David Livingstone (1813–1873) o recitava enquanto viajava pelo continente africano, anunciando a liberdade, inclusive para os escravos. O salmo 119 foi escrito para ser memorizado. É por isto que cada verso começa com uma letra do alfabeto hebraico, da primeira (Alef) à última (Tau).

O Salmo 119 é uma coletânea de exaltações à revelação ou a lei de Deus, que deve ser conhecida, amada e praticada. Exceto a abertura dos três versos iniciais, todo o Salmo é uma oração, que ainda hoje devemos dirigir a Deus, se queremos ser felizes. O melhor uso que podemos fazer da Bíblia é recebê-la como uma grande carta de amor escrita por Deus para nos confortar na hora difícil e nos dirigir em todas as horas.

A melhor atitude diante da Bíblia é lê-la na certeza que nos oferece sabedoria para não cairmos em ciladas, porque sempre lembramos dos cuidados que nos lega. A melhor iniciativa que podemos ter é agradecer a oferta de sua produção para nós e preservação até nós, colaborando para que a mais pessoas cheguem cópias dela para salvar.

A melhor certeza que podemos nutrir é que a Bíblia é um livro a ser recebido como um legado perpétuo e alegre de Deus para nos transformar. A melhor coisa que podemos fazer com a Bíblia é lê-la como sendo o que ela é: luz que nos guia e nos orienta. A melhor decisão que podemos tomar é ler, compreender, aplicar e guardar as verdades que a Bíblia nos apresenta. Afinal, como disse John Piper, “orar diante do trono de Deus e meditar na palavra de Deus são como os trilhos paralelos que permitem ao trem de nossas almas permanecer no caminho que conduz à santidade e ao céu”.

Pr. Israel Belo de Azevedo
Igreja Batista Itacuruçá, Tijuca/RJ

Este é um dos sermões da campanha Biblías Para os Povos! Confira os outros aqui e use na sua igreja.