O Pr. João Marcos Barreto Soares, diretor executivo de Missões Mundiais, falou durante o segundo dia do evento “Call2All - Brasil”, no dia 02 de outubro, na Igreja Batista Atitude, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro/RJ. O “Call2All” é um movimento cristão que junto com várias lideranças do mundo trabalha em prol do cumprimento da Grade Comissão – ir e fazer discípulos. Entre os dias 1 e 4 de outubro, várias pessoas participaram do evento, que visa ainda elaborar estratégias e colocar em ação maneiras mais efetivas de levar Deus às pessoas não alcançadas no mundo.

Durante a palavra, o Pr. João Marcos falou sobre refugiados e a importância de levar a esperança de Cristo aos que não têm esperança. Veja um trecho abaixo:

 

Porque que a ovelha se perdeu? Porque ela saiu do lugar onde ela estava. Em algum momento no trânsito ela foi para outro lugar, ela foi obrigada a sair. E nenhuma ovelha se perde no aprisco.

Essa é a primeira relação com refugiados. Eles foram obrigados a sair do seu lugar.

A segunda é que 1% da população do mundo, sim, mais de 70 milhões, está deslocada. Está fora do seu lugar.

Terceira, é que são ovelhas. Não podem se defender, não podem usufruir do pasto, estão perdidas. Estão à mercê de assaltantes.

O drama dos refugiados é algo que a gente só vê pela TV. Mas quando a gente vai, a realidade da nossa compreensão muda. Dráuzio Varela, o médico talvez mais famoso do Brasil, disse o seguinte ao visitar um campo de refugiados esse ano que tinha 280 famílias. Só 280 famílias. Ele disse que ‘as favelas do Brasil são bairros de luxo se comparados à realidade do campo de refugiados’.

Não sei se você conhece favelas. Para ele dizer que são bairros de luxo, pode parecer exagero, mas não é.

Quando pensamos em refugiados, pensamos em pessoas que foram deslocadas por questões de guerra. Mas não são só pelas questões de guerras – sejam elas oficiais ou não. São também por questões climáticas, econômicas, religiosas... Essas pessoas têm como característica principal a falta de esperança. Ou melhor, uma falta de perspectiva de virem a ter esperança.

Nós, de Missões Mundiais, temos trabalhado em praticamente todos os continentes com refugiados.

Hoje, quando se fala em refugiado, a primeira ideia que vem na sua cabeça qual é? Europa. A crise dos refugiados na Europa. Mas essa crise é pequena perto da crise real de refugiados. Na Colômbia ficam quase 10% de todos os refugiados do mundo. Sim, refugiados porque foram deslocados pelos grupos paramilitares, pelo Narcoterrorismo e por outras questões. Mas agora têm pelo mais 1.300.000 (um milhão e trezentos mil) venezuelanos que foram para a Colômbia. No Brasil, cerca de 100 mil. Isso é muito mais aqui, na Colômbia e no Brasil, do que tem na Europa inteira. Mas a gente só pensa na Europa.

Na Europa a situação também não é fácil.  A BBC Lodres publicou um artigo, em agosto de 2018, que trouxe a seguinte manchete: ‘o pior campo de refugiados do mundo onde até as crianças tentam o suicídio’ .

Não é, ‘pensam em suicidar-se’. É ‘tentam o suicídio’. O que uma criança de oito anos sofre para pensar em pôr fim à própria vida. Isso é na Ilha de Lesbos, na Grécia, o pior lugar. Não é o pior que a Europa conhece. Têm muito piores.

Lá na Ilha de Lesbos, nossos missionários estão trabalhando e alimentando oito mil pessoas todos os dias e atendendo 500, mães e seus filhos, durante o mês. É uma oportunidade de compartilhar o amor de Deus.

Nesse campo de refugiados você vê algumas realidades. A primeira delas é que eles não se livram dos conflitos quando fogem. O campo é muito simbólico. Começou com refugiados sírios, mas eles foram expulsos com a chegada de novos refugiados, agora, afegãos. Em campo de refugiados há tráfico, há abusos, há violência e há, principalmente controle por parte de gangues.

Você fala: ‘Pastor isso parece favela’. Não, a favela é bairro de luxo. O campo é muito pior. Porque você pode sair da favela, mas no campo de refugiados quase ninguém pode.

 

O pastor compartilhou apenas a ponta do iceberg que é a crise dos refugiados. Compartilhou um pouco das condições de vida e dores que eles enfrentam, mesmo depois de terem fugido do seu país de origem. A ação de levar a esperança de Deus e ajudar nas necessidades dos refugiados, não pode ser feita sozinha. É preciso que o povo do Senhor se levante com orações, voluntariado e ofertas. Se você pode ajudar e sente o chamado de Deus para estender a mão, não hesite. Ajude Missões Mundiais a cumprir o chamado da grande comissão entre os refugiados.

 

Doe Agora

 

PIM: para participar do Programa de Intercessão Missionária, envie um whatsapp para (21) 98055-1777 .

 

Para ser Voluntário acesse o e saiba como participar.

 

 

Jamile Barros

(com supervisão de Marcia Pinheiro)