Ricardo Pinudo, hoje com 50 anos, foi jogador de futebol profissional nas décadas de 1980 e 1990. Com atuação no América, no Madureira, no Serrano e no Comercial, aos 25 anos ele deixou os gramados para atender ao chamado de Deus.

“Deus me chamou para trabalhar com atletas fora de campo, com mentoria e tudo mais. A partir dali, comecei a me interessar por missões e um ano depois, em 1988, me converti”, diz o agora Pastor de Esportes na Igreja do Recreio.

Foi em 1989 que Pinudo recebeu o chamado para o ministério e também para ser missionário, quando deu início a vários projetos, a maioria envolvendo futebol.

“Já estive em vários estados do Brasil. Participei do Atletas de Cristo, depois trabalhei como missionário urbano da Convenção Batista Carioca. Antes da Igreja do Recreio, também fui líder de esportes em duas igrejas”, conta Pinudo.

Em 2018, por ocasião da Copa da Rússia, Pinudo esteve com uma equipe de voluntários de Missões Mundiais no país sede do evento. Juntamente com o grupo do programa Voluntários Sem Fronteiras e sob a liderança do missionário Anatoly Shmilikovskyy, o pastor realizou clínicas de futebol e atividades evangelísticas associadas ao futebol. O grupo chamou a atenção da imprensa russa e sua história foi parar na TV local.

Ricardo Pinudo já havia realizado trabalhos missionários na Argentina e pelo Brasil. Mas a satisfação pelos resultados alcançados na Rússia o fez retornar em 2019. Entre os dias 1º e 16 de junho, ele esteve novamente no país, juntamente com um missionário inglês, conhecido aqui no Brasil como Josué, e mais uma vez foi recebido pelo missionário Anatoly.

“Em 2018 foi uma viagem mais evangelística. Este ano foi mais treinamento, abrindo portas lá na Rússia para incrementar outros projetos”, comenta.

Desta vez, Pinudo participou de treinamento de escolinhas de futebol e da capacitação de treinadores. Houve até um torneio entre os adolescentes. Uma equipe de TV fez uma reportagem sobre o trabalho.

“Eles queriam saber como é o trabalho dos voluntários na Rússia, o que nós fomos fazer lá. Há um grande interesse pelo fato de eu ser jogador de futebol e brasileiro. Isso chama a atenção. Dissemos que fomos ensinar futebol às crianças dentro de um contexto, mostrando que através do esporte é possível evitar que elas se envolvam com coisas erradas como drogas. Na Rússia as pessoas fumam e bebem muito”, conta o pastor.

Pinudo tem sido enviado como voluntário graças à visão missionária da Igreja do Recreio, uma igreja com 31 anos que sustenta vários missionários, inclusive o pastor Anatoly.

“É uma igreja muito envolvida na área missionária. A Igreja do Recreio nasceu de um projeto de expansão missionária no Rio de Janeiro. Há 31 anos foi plantada com esse objetivo. Na época, o Recreio, bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro, era um campo missionário. Então a igreja já nasceu com esse propósito, que sustenta vários missionários e projetos”, revela.

Como Pastor de Esportes da Igreja do Recreio, Pinudo coordena o projeto Craques da Paz com jogadores de futebol profissional como Henrique Dourado, Digão, Rodrigo Caio, Juan, Everton Ribeiro, Gum, Diego Ribas, entre outros.

Missões Mundiais é grata pelo envolvimento de igrejas como a Igreja do Recreio. Muitas vezes o voluntário acha que sozinho não será capaz de atender ao chamado de Deus, seguindo para um campo missionário como voluntário ou até mesmo efetivo. Mas a JMM pede às igrejas que estejam atentas aos seus vocacionados, dando o incentivo, a capacitação, a orientação e o apoio necessários para que eles, com seus dons e talentos, possam fazer a Terra se alegrar.

 

por Marcia Pinheiro