A alegria dos povos está ligada ao anúncio e aceitação do evangelho de Cristo. Eles se alegrarão a partir da fé na suficiência da obra de Cristo na cruz e na ressurreição. Eles se alegrarão ao ver a glória de Deus, pela fé, na face de Cristo Jesus. A sua alegria será real pela manifestação do Cristo na pregação do evangelho genuíno. Sabemos que no Jardim do Éden, por causa do pecado, o homem perdeu a sua alegria. Foi no Calvário, outro jardim, que a alegria foi conquistada. Pela desobediência de um homem veio a profunda tristeza. Pela obediência do outro homem veio a plena alegria, o gozo interior, o contentamento do coração e das entranhas. Bob Pierce, fundador da organização cristã-humanitária Visão Mundial, afirmou: “Que o meu coração seja quebrantado pelas coisas que quebrantam o coração de Deus”. 

Os povos devem conhecer o evangelho de Cristo, os feitos extraordinários de Deus na História. Precisam saber acerca de um Deus que se revelou na consciência do homem, na natureza criada, nas Sagradas Escrituras e na Pessoa de Cristo Jesus – o Verbo que se fez carne e habitou entre nós (João 1.14). As nações precisam conhecer a História do amor de Deus em Jesus Cristo. Que Ele proveu a reconciliação. “Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a Palavra da reconciliação” (2 Co 5.18,19). Vemos aqui o interesse de Deus e nos reconciliar consigo mesmo. A iniciativa foi DELE. Os povos necessitam saber desta verdade pela obra missionária, pelo avanço do evangelho além fronteiras. Pela pregação transcultural. 

O Salmo 67 é um salmo missionário. O seu título deveria ser “a alegria dos povos”. Este texto missiológico fala de graça, testemunho, louvor, benção, fruto e temor. Estes são temas do evangelho de Cristo. O salmista deixa claro no verso 2: “para que se conheça na terra o teu caminho; em todas as nações a tua salvação”. O verso 3 é uma consequência: “Louvem-te os povos, ó Deus; louvem-te os povos todos”. Este salmo é precioso, pois fala da bênção de Deus sobre as nações. Como Igreja, somos o Israel de Deus para proclamarmos às nações a Sua glória pelo evangelho da graça. Temos alegria da salvação. Somos um povo feliz. Não podemos reter esta mensagem. A nossa missão é fazer missões para que todos os povos da terra conheçam o Deus que é o Criador-Soberano-Salvador. O Deus cuja natureza é amor (1 João 4.8). O Deus tão Sublime, Majestoso, Santíssimo, Justo, Perfeito em todos os Seus caminhos, Altíssimo, mas tão presente entre nós pelo Espírito Santo. Ele se importa conosco por meio de Cristo Jesus. 

Alegrem-se os povos! Este deve ser o nosso desejo intenso. Que Deus seja glorificado pela alegria dos que recebem a salvação eterna! Vamos enviar todos os esforços para que os povos se alegrem como resultado da pregação das boas novas de Cristo Jesus. Anunciemos todo o evangelho ao mundo todo. Levemos a preciosa semente para todos os povos. Sejamos consumidos pelos anseios do Pai. Tenhamos a sensibilidade do Espírito para fazermos toda a vontade de Deus neste mundo. Que não nos envergonhemos do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para a salvação de todo o que crê (Romanos 1.16). Cristo deve ser sempre a nossa vida e a nossa mensagem. Sejamos Seus discípulos cheios de amor pelas almas perdidas. 

Aproveitemos todas as oportunidades para testemunharmos do Seu amor. Reflitamos a Sua luz ao mundo a partir do nosso contexto. Como Paulo, falemos com convicção: “Para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Filipenses 1.21). Que Cristo seja engrandecido em nossas vidas para a alegria dos povos. Que como Pedro e João testemunhemos: “Nós não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido” (Atos 4.20). Exalemos o bom perfume de Cristo às nações. Como cristãos, comprometidos com os povos, recebamos a exortação paulina: “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis, e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão” (1 Coríntios 15.58). Agindo assim, os povos conhecerão a Glória de Deus e se alegrarão NELE!   

 

Oswaldo Luiz Gomes Jacob

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