A frase que mais lemos ou ouvimos nestes últimos dias, em vários segmentos, é: “2020 foi um ano desafiador”. E em Missões Mundiais não é diferente. A pandemia do novo coronavírus obrigou o mundo inteiro a se adaptar a um novo tempo, a uma nova forma de viver e de se relacionar. Passamos a ter mais consciência conosco e também com o próximo, entendendo de uma forma clara e talvez dramática que o nosso comportamento pode custar a vida de uma pessoa que amamos ou nem conhecemos, e a nossa própria vida. Missões Mundiais se adaptou para proteger aquilo que ela tem de mais precioso, a expansão do Reino de Deus aqui na Terra, representada por cada missionário, colaborador e pessoas alcançadas nos campos. E o que era impossível, Deus tornou possível. Avanços foram alcançados e vitórias hoje podem ser comemoradas.

Maurício Bastos, Gerente Administrativo de Missões Mundiais, define 2020 como o ano da superação. Já para Daniel Moulié, Gestor de Eficiência da JMM, este foi o ano da conquista.

“Meu pai, de 86 anos, costuma dizer sempre: ‘Só o Senhor é Deus!’. Então, de março para cá, vivendo tudo diferente, nós podemos ver o agir de Deus na vida das pessoas e o agir de Deus na criatividade que surgiu em meio a tudo isso nas igrejas. Templos fechados, algumas pessoas sem poder trabalhar, alguns desempregados e a gente vendo como, de maneira sobrenatural de Deus mesmo, nós conseguimos atravessar tudo isso e as igrejas também. Conseguimos fazer campanha, acreditem”, disse Maurício.

O Gerente Administrativo destaca a relação de transparência entre as igrejas e Missões Mundiais e a responsabilidade de cada uma com a obra.

“Os missionários não são de Missões Mundiais. Eles são das igrejas Batistas. Então, não importa se a sua igreja tem dez membros ou  5 mil, ela tem 2.144 missionários espalhados   pelo mundo”, comenta o Gerente.

Outro fator determinante para que Missões Mundiais chegasse ao fim de 2020 com vitórias para contar foi o empenho de missionários. Eles se reinventaram. Alguns jamais haviam feito videoconferências, por exemplo, e aprenderam em pouquíssimo tempo o uso da tecnologia para migrar para os cultos online e reuniões de pequenos grupos no ambiente digital.

“Nossos missionários tiveram que se reinventar! No contexto africano muitos deles mandavam mensagens devocionais por SMS. Interessante também a gente pensar que o PEPE (programa socioeducativo), mesmo em meio às dificuldades, chegou lá no Sul da Ásia, um lugar que nós já desejávamos implantar uma unidade, e conseguimos concretizar isso em 2020”, destaca Daniel.

O Gestor de Eficiência lembra como foi a resposta das igrejas batistas brasileiras que permitiram a Missões Mundiais beneficiar quase 56 mil pessoas com ações de saúde, ajuda humanitária, educação e muitas outras. Além de ser resposta às novas necessidades que a pandemia nos impôs. A JMM apoiou cidadãos que perderam seus empregos, levou alimentos, distribuiu máscaras, álcool em gel e vários equipamentos que ajudaram os menos favorecidos no enfrentamento à Covid-19.

Maurício recorda que, mesmo nos meses mais difíceis (março, abril e maio), diante do desemprego e da alta do dólar, nenhum missionário ficou sem sustento.

“Durante aquele período mais crítico, precisamos fazer alguns ajustes. Começamos, por exemplo, pela direção da JMM. Foi necessário, pois as ofertas estão bem abaixo do normal, enquanto o dólar está bem acima. Hoje podemos dizer: ‘Até aqui nos ajudou o Senhor’. Assim tem sido”, comenta Maurício Bastos.

 “Como nós estamos aqui? Por meio de milagre. Em uma empresa normal muita gente já teria desistido. Mas a gente sabe para quem a gente faz! E isso muda tudo. A gente trabalha com muita seriedade, com muita responsabilidade”, afirma.

Daniel destaca também a importância  de Missões Mundiais estar sempre atenta às questões globais, agindo de forma rápida. Segundo ele, este tipo de comportamento foi fundamental para que as ações ao longo da pandemia fossem bem-sucedidas.

“Quando nós vimos aqui no Brasil o que estava acontecendo na China com relação ao coronavírus, antes mesmo de a OMS (Organização Mundial da Saúde) decretar a pandemia, começamos a conversar bastante e os planos foram surgindo, sempre debaixo da direção de Deus. Nosso diretor executivo, pastor João Marcos Barreto Soares, estava atento a tudo o que poderia acontecer”, comenta.

Ele lembra que na sede foi montada uma verdadeira “força tarefa”, a fim de que as ações fossem adaptadas, com quase todos os colaboradores trabalhando em sistema home office. Houve ajustes de sustentos na diretoria e também nos campos, por um determinado período, e também negociações com fornecedores. Todos entenderam o momento e fizeram o seu melhor.

“Os colaboradores da sede, assim como os missionários, não pararam. Todos arregaçaram as mangas e trabalharam arduamente, permitindo que a JMM conseguisse alcançar um resultado muito expressivo para um período de pandemia”, disse Daniel.

O gestor fala com gratidão sobre alguns resultados globais da JMM, que estão sendo consolidados, mas refletem o empenho desta que é a agência missionária da Convenção Batista Brasileira para os povos estrangeiros.

“Nós alcançamos, por exemplo, quase 140 mil beneficiados com todos os nossos projetos de plantação de igreja, de desenvolvimento comunitário e de DNA missionário. Tivemos mais 10 mil conversões, pessoas estão se convertendo mesmo nesse período de pandemia. Mais 90 igrejas foram plantadas; realizamos mais de 1.300 batismos, ou seja, pessoas estão sendo discipuladas, batizadas, conversões estão acontecendo no campo e graças ao seu esforço e ao seu trabalho na igreja”, alegra-se Daniel.

Maurício Bastos, que também é gerente de Comunicação e Marketing da JMM, destaca ainda o papel deste setor durante o processo de adaptação. Eventos como o Proclamai e o Congresso da Igreja Perseguida foram adaptados para o ambiente online, alcançando um público ainda maior que a versão presencial. Sua equipe também produziu outras programações que mantiveram Missões Mundiais sempre perto da igreja. Entramos na casa de cada irmão, de cada irmã, por meio de cultos, da Jornada de Oração e da Live Missões Mundiais Não Para. Diariamente nos comunicamos através de nossas plataformas digitais como o YouTube, o Facebook, o Instagram, o Twitter, o Soundcloud. Uma novidade também foi a ampliação dos podcasts, lançados nas principais plataformas deste tipo de conteúdo: Spotify e Deezer.

As igrejas responderam com suas orações, mobilização e ofertas não só à campanha Transforme o Mundo com a Alegria de Jesus, como a todas as ações lançadas pela JMM em 2020, entre elas: Doe Esperança, Há Fome no Mundo, Igreja Perseguida, Bíblias para os Povos e Sapatos para a Coreia.

“O programa Há Fome no Mundo levantou recursos para levar alimentos para aquelas pessoas menos favorecida. Com a resposta das igrejas, conseguimos distribuir mais de 12 toneladas de alimentos a mais de quatro mil pessoas na Colômbia, em Moçambique, em São Tomé e Príncipe e no Haiti. São pessoas que estavam precisando da nossa ajuda naquele momento, uma ajuda emergencial!”, comemora Daniel.

Missões Mundiais chega nesta última semana de 2020, o ano da superação e da conquista, conforme definiram Maurício e Daniel, respectivamente, com a alegria de Jesus, tão enfatizada em sua campanha anual. E pronta para os novos desafios que se apresentam com a chegada de 2021. Janeiro já teremos o lançamento da nova campanha e fevereiro o Acampamento de Promotores totalmente online. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas aqui.

A todas as igrejas envolvidas com Missões Mundiais, o nosso muito obrigada. Sabemos que novos desafios virão. Não sabemos quais. Mas nossa certeza é que Deus estará sempre a frente de todas as situações. Ele é quem nos convence de que sem você não iremos a lugar algum. Por isso, vem com a gente, porque 2021 é logo ali!

 

por Marcia Pinheiro