O Natal é celebrado no Brasil com a entrega de presentes. Para poder dar presentes as pessoas arcam com custos que nem sempre calculam direito e isto tem consequências. Mas há os que sabem bem o que estão fazendo e privilegiam o resultado dos presentes.

Sempre penso no presente que foi o nascimento de Cristo. Seu resultado é conhecido por todos nós que o reconhecemos como Senhor e Salvador. Fomos libertos do pecado e feitos servos da justiça, no dizer do apóstolo Paulo.

Mas e o custo desse presente? Várias pessoas foram envolvidas para que o recebêssemos. Cada uma teve que arcar com custos.

Maria teve que abrir mão de muita coisa. Segundo a história, sua reputação foi achincalhada pelos que recusaram Jesus, o presente divino. Arcou com o custo de não ter lua de mel, ter que se deslocar grávida até Belém e dar à luz em um lugar não adequado.

José teve que abrir mão também de sua reputação. Não teve lua de mel, precisou viajar com a esposa grávida e vê-la dar à luz em um lugar inadequado.

Ambos sequer puderam escolher o nome do filho! Não o haviam planejado, é verdade, mas depois o tiveram como seu.

Algumas pessoas não quiseram pagar o preço do Natal: os donos dos lugares de hospedagem. Apesar da compreensão majoritária nos dias de hoje de que não havia lugar na hospedaria porque a cidade de Belém estava cheia por causa do recenseamento, não é isso que a Bíblia relata. O texto diz que não havia lugar para eles. A razão, segundo os estudiosos, era o estágio da gravidez de Maria. Dar um bebê à luz naquele lugar o tornaria impossível usar para outras pessoas, o que prejudicaria os ganhos dos proprietários. Já no Natal, os poderes deste mundo se opunham à chegada do Salvador.

Mas nenhum custo foi igual ao de Jesus. Ele era um ser completamente livre e se tornou um feto, sofrendo limitações incompreensíveis pra nós, e nasceu sofrendo as dores decorrentes do parto. Iniciava sua trajetória de dor e misericórdia. Sofreu as limitações que um ser humano sofre, sem ter feito nada para merecê-las.

Nenhuma das três pessoas reclamou do custo ou disse que era alto demais. Por isso temos não apenas o Natal, mas a salvação.

Emanuel, Deus Conosco, é realidade. Que o sirvamos com a alegria que veio no primeiro Natal, fazendo a Terra se alegrar. Que os custos de fazer isso não sejam desculpas para não realizarmos a obra que nos ordenou.

Feliz Natal!
Transforme o mundo com a alegria de Jesus!


Pr. João Marcos Barreto Soares
Diretor de Missões Mundiais