A Igreja Batista Itacuruçá na Tijuca/RJ recebeu no último domingo (23) uma família afegã em situação de refúgio. Essa é a segunda fase do projeto Vila Minha Pátria, organizado pelos batistas brasileiros. Após o abrigo provisório em Morungaba/SP, a família foi acolhida pela Igreja, que, em parceria com Missões Nacionais e Missões Mundiais, fornecerá toda estrutura necessária para que possam recomeçar sua história.

"Ser refugiado não é uma escolha, mas acolher sim", enfatizou Fabíola Molulo, coordenadora do projeto Vila Minha Pátria, destacando que essa é a primeira família afegã interiorizada pelo projeto. Fabíola ainda acrescentou ,"Atualmente são mais de 150 refugiados afegãos na Vila Minha Pátria e essa é a primeira família interiorizada pelo projeto. Acreditamos que até o dia 15 de novembro essa família estará definitivamente com a Igreja".

Essa família é composta por seis pessoas, um casal e seus quatro filhos, que fugiram do Afeganistão após a tomada do poder pelo Talibã. "Vivemos dias sombrios, sem esperança. Tudo o que conquistamos, nossa casa, nosso carro e toda a alegria que construímos como família nos foi tirada", disse a mãe da família afegã. Ela e sua família atravessaram a fronteira com o Irã de forma ilegal, pelas montanhas da região, mas enquanto tentavam entrar na Turquia foram separados de seus dois filhos adolescentes e tiveram que voltar ao Afeganistão. 

"Eu não tinha mais esperança quando voltei para o Afeganistão, mas quando ouvi que o Brasil estava com as portas abertas, veio um pouco de esperança em meu coração", declarou a afegã. 

Ela trabalhava para uma ONG americana capacitando mulheres para geração de renda e caso o Talibã descobrisse seria um risco muito grande para ela e sua família.

"Eu liguei para o meu chefe e comecei a chorar, pedindo que nos tirassem do Afeganistão e nos levassem para o Brasil e conseguimos fugir. Agradeço ao povo brasileiro pelo acolhimento e pela vida da Fabíola, que é como uma mãe para nós. Hoje nós temos esperança porque temos vocês, a igreja", completa a refugiada, que conseguiu reunir toda a sua família no Brasil, inclusive os dois filhos adolescentes que estavam sozinhos na Turquia por mais de um ano.

Rafael Lima
Coordenador de Comunicação da Igreja Batista Itacuruçá

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