No Centro Médico do projeto da Fábrica da Esperança, em um país na África Ocidental, geralmente, antes de iniciar o dia, nós, os missionários e os cristãos locais nos reunimos para fazer um devocional. Logo depois, ligamos as TVs para que os pacientes possam assistir ao filme “Jesus” enquanto aguardam o seu atendimento.

Em um determinado dia, eu estava na farmácia quando veio uma senhora pegar os medicamentos comigo. Eu fiz o atendimento e quando passei a explicar como cada remédio deveria ser usado, percebi que ela olhava fixamente para a TV. Então, como não estava ouvindo minha explicação, eu a deixei continuar assistindo ao filme.

Depois a senhora Zuri (nome fictício) começou a me chamar para ver a cena na qual Jesus andava em meio a multidão em direção a um homem cego. Ela começou a falar: “Ele é o verdadeiro Deus, eu acredito nele”. Ela agradecia e falava repetidamente essa frase. E quando viu que Jesus curou o homem cego, começou a chorar sem parar. Eu fiquei meio que sem reação e a aguardei se recompor. Quando conseguiu, compartilhou o testemunho dela. Contou que a filha também é deficiente visual, porém ela acreditava que Jesus, o verdadeiro Deus, poderia curá-la. Então, eu e a missionária Helena Giannini confirmamos que era possível e oramos por sua vida e por sua filha.

Eu entendi que Deus tinha um propósito na vida daquela mulher porque não foi obra do acaso ela chegar naquele exato momento do filme em que Jesus cura um homem cego na multidão. Ela poderia ter entrado no centro médico em qualquer outra cena. Mas ela chegou naquele instante e acreditou em Jesus através de um filme. Através de uma cena de um filme! E aquilo tocou muito o meu coração, porque demonstrou o tamanho da fé daquela mulher.

O contato com a senhora Zuri foi no final de novembro. E a partir daquele dia, comecei a interceder por ela e por sua filha. Apresentei o pedido de oração também na reunião dos missionários de toda terça e compartilhei com os mantenedores para também estarem orando.

Quando retornei ao Brasil, em janeiro de 2020, a primeira coisa que eu fiz foi compartilhar o testemunho dela com a minha igreja.

Após uma semana, aproximadamente, recebi uma mensagem da missionária Helena Giannini dizendo: “Luís, você lembra daquela senhora que nós oramos no centro médico? Então, ela veio aqui hoje felicíssima, e falou que a filha dela foi curada”. A missionária contou que a filha da senhora Zuri teve um sonho com Jesus e, quando acordou, estava enxergando! E o mais incrível disso é que Jesus também a curou de um atraso menstrual. Deus a curou por completo!

Quanto a mim, só tenho a agradecer a Deus por esse privilégio de participar da missão no campo e de contribuir. Sem dúvidas, transformou a minha vida inteiramente.

Luís Lopes (22 anos), participou do Radical África - Turma 13 e é membro da Igreja Batista em Jardim Brasília, em São Paulo/SP

 

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