Muitas pessoas têm me perguntado sobre a situação das unidades do PEPE em Beira, Moçambique, desde a passagem do ciclone Idai, no dia 14 de março. Resumo aqui algumas informações que recebi de nossos coordenadores locais.

Desde o dia 23 de março, os coordenadores do PEPE estão visitando os locais onde conseguem chegar para ver pessoalmente a situação das unidades. O deslocamento é difícil, tanto pela falta ou precariedade dos transportes, como pelo difícil acesso pelas estradas que estão muito danificadas.

Não recebemos informações sobre mortes ou desaparecimento de pessoas que atuam PEPE, mas todos foram afetados de alguma forma. As residências dos educadores e das famílias das crianças sofreram muitos danos. Várias casas ficaram destruídas e a maioria sofreu a perda dos tetos, que normalmente eram cobertos com chapas de zinco. Todos estão trabalhando arduamente para retirar os entulhos e comprar algum material para melhorar o abrigo das pessoas. Os preços dos materiais aumentaram muito, dificultando ainda mais sua aquisição. 

Os materiais escolares e didáticos das crianças das unidades do PEPE também foram danificados. Os poucos alimentos que tinham para o lanche foi levado pelas águas. Há muita preocupação com o surto de cólera devido a situação de esgoto e saneamento das localidades.  As ajudas humanitárias têm chegado, porém não suprem toda a demanda e necessidade do povo.

Contamos com as orações, apoio e ajuda emergencial de todos os que puderem se envolver. Pensamos ainda em ações para o fortalecimento e ânimo das crianças e dos educadores, como para a melhoria e reconstrução das unidades nos próximos meses. 

Deus abençoe o povo moçambicano neste momento tão difícil e nos dê sabedoria, a fim de melhor contribuirmos com ações efetivas para a reconstrução de Beira e arredores, em Moçambique, como expressão do amor e cuidado de Deus.

 

Terezinha Candieiro
Coordenadora Internacional do PEPE (programa socioeducativo)

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