Os recentes acontecimentos que colocaram o Haiti e o Afeganistão em destaque no noticiário mundial nos trazem ao coração o verso “Alegrem-se com os que se alegram; chorem com os que choram.” (Romanos 12.15). Este é o tempo de chorar com os haitianos que sofrem a perda de seus entes queridos no devastador terremoto que atingiu sobretudo o sul do país no sábado, 14 de agosto. E também com os afegãos que, no dia seguinte, 15 de agosto, tiveram um de seus piores dias dos 20 últimos anos, quando o grupo extremista Talibã ascendeu ao poder.

Haiti
O terremoto de 7.2 na escala Richter foi mais forte que aquele que devastou o país em 2010, deixando cerca de 300 mil mortos. Neste ano, o número de vítimas fatais já somava mais de 1.300 até o dia do fechamento desta matéria, 18 de agosto.  Há ainda centenas de feridos e outros desaparecidos que, possivelmente, ainda se encontram debaixo dos escombros.

Segundo o Pr. Ruy Oliveira, coordenador de Missões Mundiais para as Américas, “nossos obreiros no Haiti estão bem. Não temos projetos atualmente no sul do país, onde ocorreu o terremoto. Estamos em contato constante com eles para mantermos as informações atualizadas. Os familiares de nossos obreiros também estão bem”.

Mas não há como fechar os olhos para a situação no restante do país. Por isso, neste primeiro momento, recorremos às orações. Pedimos à grande rede de intercessores do PIM – Programa de Intercessão Missionária – que ore conosco para que o Espírito Santo console os enlutados e dê sabedoria às autoridades e equipes de segurança no socorro aos sobreviventes desta tragédia.

O Haiti também passa por uma forte crise política após o assassinato de seu presidente, em julho, e uma crise humanitária com escassez de alimentos e aumento da violência que perdura ao longo dos anos. Há ainda o agravante no sistema de saúde; o país recebeu as primeiras doses da vacina contra a Covid-19 há menos de um mês.

Missões Mundiais espera poder, em breve, com o apoio de todos os batistas brasileiros, enviar ajuda aos haitianos através dos obreiros que lá estão.

Desde já, pedimos aos nossos parceiros que reforcem suas ofertas ao programa Há Fome no Mundo para a compra de cestas básicas para os mais vulneráveis. Também é possível adotar um de nossos obreiros no país. Fale com a Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou acesse AQUI o nosso Canal de Relacionamento, fazendo uma busca por Haiti.

Afeganistão

Se no Haiti são as forças naturais que fazem vítimas, do outro lado do mundo, mais precisamente no Afeganistão, é o próprio homem que subjuga outros seres humanos.

A ascensão do Talibã ao poder, após 20 anos, tempo em que tropas norte-americanas ocuparam o país após os atentados de 11 de setembro, trouxe consigo o temor pelo aumento da perseguição aos cristãos no país que, por seu histórico hostil, não conta ainda com a presença de missionários dos batistas brasileiros. Apenas conseguimos falar com afegãos quando eles migram para outros países.

“Missões Mundiais não tinha obreiros no país, pois os que estavam sendo preparados para serem enviados no primeiro semestre de 2020, tiveram seus planos frustrados pelo início da pandemia. Temos colaborado com a igreja afegã em todo mundo através do projetos Bíblias para os Povos e com refugiados”, disse o Pr. João Marcos B. Soares, diretor executivo de Missões Mundiais.

As cenas vistas pelo mundo inteiro e que viralizaram nas redes sociais, mostra como o medo tomou conta da população afegã. O presidente Ashraf Ghani deixou o país, bem como os integrantes de embaixadas de outras nações que ainda estavam por lá. A população tenta fazer o mesmo e, no desespero de fugir, pessoas têm morrido até mesmo penduradas na fuselagem de aeronaves.

Diante do caos que se instalou no país, os pouco pastores na região estão fugindo de lá para não serem torturados, escravizados ou mortos. A informação foi relatada pelo pastor Mario Rui Boto, da Hillsong Church de Portugal em suas redes sociais. O país ocupa o terceiro lugar na lista de países que mais perseguem cristãos, levantada por Missões Mundiais.

O futuro no Afeganistão ainda é incerto. Apesar do porta-voz do grupo extremista ter sinalizado com um tom moderado, as lembranças que o mundo tem são do regime de cinco anos nos quais o Talibã governou o país, entre 1996 e 2001, quando foi retirado do poder por uma junta militar liderada pelos Estados Unidos.

Nesse período, a interpretação da Sharia (conjunto de leis que rege o Islamismo baseado no Corão) que estava em vigor no país era uma das mais rígidas e violentas do mundo.

O país tinha execuções públicas, apedrejamentos, amputações e punições com chicotadas.

Gangues paramilitares circulavam nas ruas, atacando homens que mostravam os tornozelos ou usavam qualquer tipo de roupa ocidental.

Homens eram obrigados a deixar a barba crescer e as mulheres só se aventuravam a sair se tivessem permissão por escrito dos homens. Elas não podiam trabalhar ou estudar e precisavam usar a burca, uma vestimenta que as cobria completamente.

Mais do que nunca, precisamos colocar o Afeganistão diante do Senhor. Fazer com que eles saibam que apesar de perseguidos, jamais serão desamparados.

“Ore pela paz na região. Clame pelos que sofrerão ainda mais perseguições. Peça que Deus derrame mais do Seu Espírito sobre os cristãos daquele país. Ore pelas mulheres e crianças que ficam em situação ainda mais aflitiva, assim como as minorias”, pede o Pr. João Marcos.

Ore com Missões Mundiais para que vidas se rendam a Cristo no Afeganistão e o choro possa se transformar em risos de alegria. Clame ao Senhor por estratégias para levar o Evangelho de Cristo mesmo em um contexto tão hostil de perseguição religiosa.

E que, em breve, possamos nos alegrar com os que se alegram.

 

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