Gilvan Barbosa Sobrinho aceitou a Jesus Cristo pela leitura pessoal da Bíblia e logo passou a frequentar uma igreja batista que ficava atrás da sua casa, em Teresina/PI. Hoje pastor da Primeira Igreja Batista em Teresina, ele conta que já naquela época se envolveu com todas as atividades possíveis. Mas sua jornada cristã mudou quando teve seu primeiro contanto com missões. Foi em 1978, durante um simples culto de oração pela Campanha de Missões Mundiais, com 30 pessoas; as irmãs da antiga Sociedade Feminina da igreja faziam a leitura da obra realizada por Missões Mundiais em Angola e Moçambique. Naquele dia, Deus o chamou para o ministério e a obra missionária.

Depois o pastor teve a oportunidade de ajudar a missionária americana Peggy Pemble na plantação de uma igreja em um bairro de periferia de Teresina. Esse contato o permitiu aprofundar ainda mais no ministério missionário, vindo a se tornar evangelista e depois pastor da congregação. Com a missionária aprendeu o lema pelo qual vive hoje. “Sou eternamente grato àquela serva do Senhor, hoje na glória. Ela viu em um jovem novo convertido, o chamado de Deus. Com ela aprendi que não há obra mais importante neste mundo que a obra missionária. Vivo por este lema”, conta o pastor Gilvan Barbosa.

Como pastor e presidente da PIB em Teresina, ele procura sempre mobilizar a igreja para a obra missionária e brinca ao dizer que sua igreja é mais batista que as demais, pois realiza quatro campanhas anualmente: Missões Mundiais, Missões Estaduais, Missões Nacionais e encerra o ano com Missões Locais, Missões da PIB. Os membros são desafiados a entregar 11% dos seus recursos para a obra, sendo 10% destinado ao dízimo e 1% ao Sistema Integrado de Missões (SIM) da igreja.

A cultura missionária começa com a mobilização no púlpito, onde o pastor, de 60 anos, prega e ensina que “ninguém tem profissão, todos têm ministérios”. Para ele, “o que realmente importa neste mundo é como você utiliza o que faz para salvar e edificar vidas”. Além disso, a mobilização é feita sob o princípio “venha e veja” que se encontra na passagem bíblica de João 1.46. Toda a igreja é motivada a se envolver, ir e ver.

Uma das formas que isto acontece é por meio do projeto “Até a Última Cidade”, criado em 2010, no qual a igreja mapeou no ano anterior as cidades que não possuíam a presença de uma igreja batista em todo o estado do Piauí. Na época, eram 80, hoje restam apenas 23 cidades. Nestes 11 anos, foram mais de 30 igrejas plantadas, além das congregações que estão plantando e cuidando de outras congregações. Tudo isso foi possível a partir da provisão e graça de Deus e do apoio de parceiros missionários, irmãos, igrejas e instituições.

A PIB em Teresina também pôde desenvolver um programa social, o PIB Cidadania, para cuidar das pessoas, uma vez que o projeto planta também igrejas no sertão – uma região carente e esquecida pelo poder público. Através de atendimento odontológico, alfabetização pela Bíblia, cuidado com crianças de 4 a 14 e hortas missionárias eles têm mudado a vida de muita gente.

Projeto "Até a Última Cidade" da PIB em Teresina tem como objetivo plantar uma igreja batista em todo o estado do Piauí

 Além da obra missionária no estado, a pastor procura também incentivar todos os jovens e profissionais a serem voluntários no campo, cumprindo o que está escrito em Atos 1.8. Nestes onze anos de ministério na PIB, já foi possível enviar três jovens ao campo missionário por meio de Missões Mundiais e o Pr. Gilvan Barbosa conta que ao retornarem os jovens se tornaram mobilizadores potentes, impactando a vida dos membros de uma forma sem igual.

A igreja entende que o vocacionado enfrenta muitas dúvidas, conflitos e definições, geralmente sozinho. Por isso, criou um Pequeno Grupo para vocacionados que originou o congresso “CONVOC”, apoiado por Missões Mundiais. Contudo, para eles isto ainda é muito pouco. É necessário o envolvimento dos que são chamados por Deus com o campo, com os vivem a experiência na prática e mentores para prepará-los. É um desafio e uma longa caminhada até que um vocacionado seja enviado. Portanto os membros oram e pedem a Deus mais oportunidades de guiar e enviar outros jovens para o trabalho missionário no Brasil e no mundo.

Quando perguntado sobre quais inovações são importantes para haver uma maior interatividade das pessoas com missões, o pastor Gilvan Barbosa comenta sobre aproveitar as ferramentas virtuais que ganharam ainda mais evidência durante a pandemia da COVID-19. Utilizar os canais de comunicação online como um meio de propagação do Evangelho e para a mobilização dos salvos em Cristo. Aproximar mais os missionários do campo às igrejas por meio dos testemunhos. Algo que Missões Mundiais têm feito no seu Canal do YouTube, através das lives “Missões Mundiais Não Para”, que contou inclusive com a participação do Pr. Gilvan. Assista aqui.

Outra estratégia poderosa é envolver os profissionais em missões. Pois desta forma eles podem entender a profissão com um ministério, deixando de lado a dualidade sacro x secular e passando a sentir maior realização ao enxergar sua carreira como integrada ao Reino de Deus. Além do poder de transformação social integrado à evangelização das pessoas. “Quanto mais profissionais envolvidos em missões, mais transformação social. Sei que a JMM já usa esta estratégia, mas penso que o leque precisa aumentar e a divulgação nas igrejas também”, explica.

O pastor comenta que os canais de comunicação com a JMM e a disponibilidade do Pr. João Marcos Barreto Soares, diretor executivo, em conduzir e ajudar, facilitam muito o trabalho de inspirar e mobilizar a igreja para a obra missionária mundial.
Missões Mundiais se alegra com o coração missionário inspirado por Deus do pastor Gilvan Barbosa e com todos da PIB em Teresina, que contribuem para a obra junto a todos os povos do mundo.

por Jamile Barros

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