Sentados na sala de um simples e aconchegante apartamento, olhamos para o casal de missionários asiáticos que segurava o filho recém-nascido nos braços, e perguntamos por que decidiram deixar sua cidade e igreja local e vir para a nossa região. A resposta foi porque queriam servir ao Senhor e levar a Palavra àqueles que nunca ouviram sobre Ele. O casal sabia que aqui, em nossa província no Leste da Ásia há vários povos em regiões remotas que nunca ouviram da Palavra. Ouviram que o professor H e sua família (líderes que trabalham conosco) também moram aqui com o objetivo de alcançar esses povos. Entendendo o chamado do Pai, decidiram vir para servirem como missionários entre os não alcançados. No momento que ouvimos a resposta, seguramos as lágrimas e emoções; queríamos evitar que essa jovem família se sentisse pressionada. Mas vibrávamos com o envio deles.

O trabalho entre os povos não alcançados é difícil, como você sabe. Aqui no país, situado no Leste da Ásia, eles vivem em regiões distantes, falam outra língua e vivem uma cultura bastante peculiar. Como estrangeiros, não podemos morar na região em que vivem e, por isso, nossa estratégia sempre foi trabalhar em parceria com a igreja local, a fim de treiná-los e suportá-los na visão de que não há trabalho mais importante do que levar a Palavra àqueles que nunca ouviram sobre Jesus. O grande problema é achar obreiros dispostos a morar nessas regiões; mais difícil ainda é achar uma família que diga “sim” ao desafio. Intercedíamos por isso há anos. E Ele já havia nos mostrado que a estratégia era ter obreiros morando nessas regiões mais distantes, com centenas de vilas habitadas por pessoas que precisam ter a oportunidade de conhecer a história da Graça.

Após a conversa inicial com esse casal, fomos até a região para a qual queremos enviá-los (“espiar a terra”). Eles toparam e após a visita nos reunimos novamente para saber o que acharam. Para nossa alegria, eles disseram “sim”, que o Senhor deu paz na decisão, e assim seguimos com o plano. Como dessa vez era nosso segundo encontro, não conseguimos conter a emoção e falei que a família deles era resposta de oração não só nossa, mas de muita gente no Brasil e no mundo, que intercede pelos povos não alcançados.

Essa família é o que chamamos de “missionários da fé”, expressão usada quando o obreiro vai para o campo sem ter o sustento. Eles chegaram aqui na nossa província sem emprego, sem muito dinheiro, sem casa para morar e com um filho recém-nascido! Confiando que o Senhor os enviou. A família de obreiros da terra os ajuda, e nós ajudamos com ofertas, mas precisamos orar para que o Pai providencie os recursos necessários não só para o sustento da família, mas para tudo aquilo que precisamos para enviá-los de forma digna. Ao comunicarem a decisão às famílias não receberam apoio, pois acharam loucura; a igreja local os enviou em paz, mas não os ajuda financeiramente.

Mais que pensar em sustento financeiro, precisamos interceder pelo sustento espiritual, pois com certeza haverá uma grande batalha espiritual à frente. Muitas barreiras serão levantadas, e sem joelhos dobrados não as derrubaremos. Junte-se a nós nesse desafio! Peça por essa família missionária, para que o Senhor os fortaleça na fé e na graça; pela saúde do filhinho recém-nascido; pela saúde emocional deles; por nós, pois temos a tarefa de acompanhar, treinar, dar suporte e pastoreá-los, e que o Pai nos dê sabedoria para cuidar de uma família tão preciosa.

Que o Senhor, em sua riqueza e glória, supra cada uma de suas necessidades.

 

Ael e Bel Oliveira

Missionários no Leste da Ásia

 

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