A Páscoa está chegando e aqui, no país onde estamos no Sudeste da Ásia, de maioria muçulmana, as situações antagônicas que essa data nos traz à memória (vida x morte; sofrimento x redenção; traição x arrependimento; crucificação x ressurreição) ganham uma força muito maior do que podemos explicar. 

Diferentemente do Natal que traz consigo um apelo consumista que, nem mesmo o muçulmano perde a oportunidade de lucrar em cima dessa comemoração, a Páscoa, em contraponto, é negligenciada e obscurecida pelas pessoas que insistem em afirmar que Jesus não é o Filho de Deus e que a ressurreição não passa de uma grande falácia. 

Mesmo as igrejas locais que possuem certa liberdade para celebrar esse momento essencial para nossa fé, permitem-se intimidar e limitam suas ações ao interior dos templos. 

A Páscoa sempre traz consigo as preocupações e o medo de retaliações extremistas. Afinal, próximo a esse período, no ano passado, três igrejas foram atacadas com bombas por fanáticos religiosos. Atitudes como essas acabam por inibir uma ação consistente de pregação da Palavra. 

Os desafios são muitos para celebrar uma data tão importante para nós, mas não queremos esquecer e nem deixar que a mensagem se perca, afinal nosso Salvador vive e Ele venceu a morte. Bendito seja o Seu nome em toda Terra. Deixemos a Terra se alegrar. 

Ricardo e Marina Dias
missionários no Sudeste da Ásia