O amor por missões uniu um pastor chileno e uma missionária brasileira que havia decidido permanecer solteira e, sozinha, levar o Evangelho ao mundo. Há 16 anos, Deus cruzou os caminhos de Juan Carlos Nuñez e Narriman Nuñez que neste ano de 2018 completam 34 anos de serviço à obra missionária. O momento é de despedida dos campos, mas de gratidão por tudo de bom que Deus os permitiu viver e por cada participante de seus ministérios que alcançaram um grande número de vidas para Jesus, na Argentina e no Chile, de setembro de 1984 a setembro de 2018.

Narriman conheceu o Pr. Juan Carlos na cidade de Punta Arenas, no sul do Chile, a Patagônia Chilena. Ela havia seguido para lá com um grupo de 40 mulheres voluntárias da União Feminina do Chile em uma missão de 10 dias, levando ajuda para a plantação de uma igreja na Terra do Fogo. Elas também tinham como objetivo apoiar o fortalecimento das igrejas nas cidades de Punta Arenas e Puerto Natales. Juan Carlos já era um pastor missionário, porém ainda solteiro. Ambos já eram “bem adultos” quando se conheceram, como a própria Narriman faz questão de frisar.

“Deus nos uniu através da oração de muitos irmãos em Cristo, brasileiros e chilenos. O Senhor quebrantou o meu coração, que havia decidido ficar solteira no campo”, lembra a missionária.

O casal não teve filhos biológicos devido a questões de saúde, mas alegra-se com os filhos espirituais os quais Deus lhe presenteou ao longo dos 34 anos de obra missionária, mesmo quando ainda nem se conheciam.

“A cada dia, somos mais e mais agradecidos ao Senhor pelas vitórias que Ele nos concedeu e nos concede até hoje”, diz Narriman.

Os missionários contam que, no campo, sempre priorizaram a obediência à Palavra de Deus e ao chamado, o amor sem medidas, o perdão diário e a incansável missão de falar de Cristo até que Ele venha.
O casal lembra das muitas conversões que pode testemunhar ao longo destes anos de caminhada. E uma das vidas que têm como preciosa é a de um chileno de nome Pedro. Este senhor era de família evangélica, mas ainda não era convertido a Cristo até que um dia, em uma igreja local, sua família orava por uma casa estratégica ao trabalho missionário de Juan Carlos e Narriman. E Pedro disse que não precisavam mais orar, pois ele emprestaria sua casa de verão na cidade de Porto de Caldera, um local turístico e muito caro na região portenha. Um verdadeiro milagre, pois aquele senhor não costumava emprestar sua casa. Ali começava uma grande amizade. Cinco anos depois, após acompanhar nossos missionários quase todos os fins de semana, Pedro se converteu a Jesus e foi batizado.

“Como não agradecer todos os dias o grande privilégio de servirmos ao Senhor? O privilégio de ser missionário é incomparável. Tudo por amor a Jesus”, declara Narriman.

O casal chama a atenção para o fato de o Chile ser o segundo país mais ateu da América Latina, apesar do crescimento das igrejas evangélicas no país. Além disso, o número de suicídios entre jovens e adolescentes chilenos é assustador.

“A falta de amor e de fé aumenta a cada dia, cumprindo-se assim a Palavra. Por este motivo não podemos deixar de enviar mais missionários. O Chile continua clamando”, comenta.

Narriman e Juan Carlos darão uma pausa para cuidar da saúde e, em breve, pensarão em novas formas de continuar anunciando o Evangelho ao Brasil e outros países latinos. Aos vocacionados, eles deixam um recado:

“Obedeçam ao chamado e não desanimem. Estejam dispostos a pagar o preço e serão muito felizes. Vale a pena seguir a Jesus”.

Agradeça a Deus com Missões Mundiais por toda a dedicação destes missionários ao longo dos 34 anos que estiveram conosco. Clame ao Pai que continue direcionando suas vidas e dando crescimento a obra que iniciaram. Peça também uma unção poderosa do amor de Cristo sobre o Chile, despertando aquela nação para o Evangelho da salvação. Ore e oferte pela obra missionária no Chile. Mobilize outras pessoas a fazerem o mesmo e vá para este país vizinho ao Brasil, seja como missionário ou voluntário de Missões Mundiais.

 

por Marcia Pinheiro