No sábado (09) o povo batista brasileiro chorou a morte da missionária Loide Silveira Moreira (81), que atuou no Paraguai por 16 anos como missionária de Missões Mundiais. Um choro de tristeza pela despedida e saudade que fica. Mas também um choro de alegria pelas lembranças de tudo o que Loide representa para a obra missionária. Alegria também pela certeza de que nossa irmã em Cristo combateu o bom combate e hoje descansa à sombra do Onipotente.

Com uma nota de pesar, o diretor executivo de Missões Mundiais, Pr. João Marcos Barreto Soares, anunciou nas redes sociais o falecimento da missionária.

 A Junta de Missões Mundiais comunica com pesar o falecimento da missionária jubilada Loide Silveira Moreira neste sábado, dia 09/01/21.
Somos gratos a Deus pela vida de Sua serva que tanto militou pelo evangelho entre as nações, especialmente como missionária no Paraguai por dezesseis anos e no excelente ministério junto à União Feminina.
Manifestamos nossa solidariedade aos familiares e amigos neste momento de tristeza clamando a Deus que a todos nós visite com Seu conforto.

Pr. João Marcos Barreto Soares
Diretor de Missões Mundiais

Líderes batistas de todo o Brasil também lamentaram a morte de Loide, lembrando sua trajetória na denominação.

“Os batistas brasileiros rendemos graças a Deus pela vida preciosa e ministério fecundo da missionária Loide Silveira Moreira. Possa o Espírito Santo consolar e fortalecer a família de Sua serva e abençoar seu legado entre nós”, comentou o pastor Fausto Aguiar de Vasconcellos, presidente da Convenção Batista Brasileira, citando 2Timóteo 4.7 e 8.

“Que Deus conforte a família. Loide foi minha colega de turma no ITC (hoje Ciem”, disse a irmã Lucia Margarida, ex-executiva da UFMBB.

“Loide Silveira Moreira foi à ‘casa paterna no dia de hoje, 9.1.21. Um legado de amor ao Senhor e Sua causa. Aos 81 anos, Deus para si a levou. Louvado seja! Obrigado, mana, despediu-se o irmão de sangue e de fé, Lélio Silveira, pastor na Primeira Igreja Batista de Acesita/MG.

Boa parte do tempo em que viveu no Paraguai, Loide teve a companhia da missionária Maria Luiza.

Desde quando foi jubilada, Loide morava em Niterói/RJ e era membro da Primeira Igreja Batista da cidade. Foi em sua casa, em junho de 2018, por ocasião do Dia do Missionário (26 de junho), que ela recebeu a visita do pastor João Marcos. Com um abraço caloroso em Loide, ele quis simbolizar um abraço a cada missionário que faz o poder de Jesus transformar vidas nos cinco continentes.

Na ocasião, Loide contou como é gratificante levar o Evangelho às nações.

“Ser missionária é algo muito especial. Eu tive esta convicção muito cedo. Deus me chamou quando eu tinha uns 15 anos. Antes disso, as primeiras pessoas que tiveram a certeza de que fui chamada por Deus para missões foram os meus pais”, disse

“Papai estava morando no Paraná, onde era agricultor, e lá ele teve também um chamado para o ministério. Certa vez, apareceu por lá uma epidemia que matou muitas crianças e eu fui contagiada com a doença. Então papai e mamãe oraram assim: ‘Senhor, se tu tens um plano para a nossa filha, livra e salve-a, porque não temos os remédios adequados. Salve a nossa filha’. E Deus me curou”, revelou.

Para os pais, Loide era uma escolhida de Deus desde criança, apesar de nunca terem dito isso a ela com palavras.

“Só quando eu lhes disse que iria para o campo, eles falaram: ‘Deus está cumprindo o que Ele nos disse há muitos anos’. Eu nunca tive dúvidas do meu chamado e sempre soube que era para Missões Mundiais”, comentou.

Loide entendia que ser missionária é a entrega total para fazer a vontade de Deus.

“Não é fazer como a gente quer, mas sim como Ele quer, assim é o chamado. Com 78 anos (em 2018), eu considero que não acabou. Ele me chamou e eu sou chamada ainda. A chamada não tem validade, é permanente. Ela é para toda a vida”.

Missões Mundiais honra a seus missionários entendendo que esta é a vontade de Deus e também uma forma de fazer com que vidas dedicadas à obra missionária inspirem novos vocacionados à missão dada a todos os que creem em Cristo, o Salvador.

 

 

por Marcia Pinheiro